quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Edienari dos Anjos, egressa da FSA, passa no Mestrado de Comunicação da UFPI

Edienari dos Anjos, egressa do curso de Comunicação Social - Jornalismo - da Faculdade Santo Agostinho - foi aprovada para a primeira turma do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Edienari, que hoje é repórter do jornal Diário do Povo do Piauí, apresentou o projeto "Jornalismo e Crowdfundind. A rede colaborativa “Ajude um Repórter” no auxílio do fazer jornalístico". O objeto de estudo é o "Ajude um Repórter", um projeto do Relações Públicas Gustavo Carneiro.

Edienari concorreu com 50 pessoas por uma das dez vagas disponíveis no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPI. O programa tem duas linhas de pesquisa: Mídia e Subjetividade (com 3 vagas) e Processos e Práticas no Jornalismo (com 7 vagas). "Eu concorri na segunda linha", explica. A seleção da UFPI atraiu candidatos de outros estados, como exemplo o Maranhão.


O PROCESSO SELETIVO

A primeira etapa foi a análise da documentação necessária exigida no edital com a homologação das inscrições. Depois foi a análise do projeto, nessa etapa apenas 24 candidatos foram aprovados. Em seguida (terceira etapa) foi uma prova escrita com texto dissertativo de no mínimo cinco laudas. O tema, para cada linha de pesquisa, foi sorteado entre três temas. Nesta fase, 13 candidatos foram aprovados e participaram da quarta etapa, a entrevista. Nesta fase nenhum candidato foi eliminado e seguiram para a quinta etapa, a análise do currículo lattes. Mais uma vez nenhum candidato foi eliminado (pois esta fase é apenas classificatória) e seguiram para a sexta e última etapa, a prova de língua estrangeira (Inglês).

Apesar de ainda permanecerem 13 candidatos, na somatória dos pontos, apenas 10 candidatos foram aprovados e classificados, os três últimos não irão cursar o mestrado e estão à espera de alguma desistência, caso haja. "Na classificação geral, eu fiquei na 6ª posição". Até a quarta etapa, Edienari estava na 10ª posição, mas após a análise do currículo, saltou para a 6ª posição e se manteve nessa posição até  a última etapa. "A participação em congressos com apresentação de artigos, publicação em anais dos congressos, publicação em revista eletrônica (na USP), organização de eventos na área do Jornalismo e participação de cursos de extensão melhoraram minha classificação na seleção do mestrado", explica. Segundo ela, entre todos os candidatos, o seu currículo foi o quarto com melhor nota. "E detalhe: não tenho especialização e nem pesquisa de iniciação científica por Cnpq e Pibic. Por isso, aos que estão na graduação em Jornalismo um aviso: não esperem cair nada do céu. Corram atrás e fiquem de olho nos principais eventos do Brasil e até em eventos que acontecem em outros países da América do Sul. Isso conta muito na hora de participar de qualquer seleção em âmbito acadêmico", diz ela. Edienari também aconselha a participação dos alunos em atividades da faculdade. "Conhecimento não se compra na barraca da esquina, tem que ralar muito", diz. 


O PROJETO DE PESQUISA

A iniciativa é pioneira na área jornalística no Brasil e visa auxiliar os profissionais (jornalistas) na busca de personagens para matérias e conteúdos que estão em produção na rotina dos repórteres. De início, ele auxiliou (e auxilia) os profissionais através do Twitter, postando através da conta @ajudeumreporter a necessidade do jornalista de encontrar pessoas em potencial para serem personagens da reportagem em curso. A rede de seguidores que conhecesse alguém que se enquadra no perfil da matéria, indica este alguém para conversar com o repórter independente do local onde esteja.  Ela cita um exemplo: "a)  tha.veiga@yahoo.com.br procura pessoa q foi roubada em algum aeroporto brasileiro ou do exterior. TV #SP".

Segundo Edienari, o seu projeto tratou da campanha no modelo Crowdfunding (do inglês: multidão que financia) realizada por Gustavo para arrecadar dinheiro para expandir os serviços do "Ajude um Repórter", além do Twitter, por meio da criação de um site. Gustavo precisava arrecadar R$15mil para criar a página na internet. A quantia necessária para viabilizar a campanha foi publicada na plataforma tecnológica “Catarse” (primeiro site no Brasil voltado para esse tipo de financiamento de projetos). O dinheiro, superior à estimativa inicial (R$15.695), foi arrecadado em 60 dias (dois meses) e foi financiado por 190 pessoas. A campanha de Crowdfunding do “Ajude um Repórter” terminou no dia 18 de março.

"Agora o site está em construção e vou analisar o desempenho do mesmo, com o objetivo defendido por Gustavo: "é uma nova forma do jornalista encontrar o que precisa no momento que mais precisa com fontes qualificadas, novas e diferentes", explica. Segundo ela, é a chance de o repórter se livrar da enxurrada de releases no email com temas indesejados ou fora do tema que esteja trabalhando.
O texto do vídeo da campanha disponível em (http://catarse.me/pt/projects/27-ajude-um-reporter ).

Para Edienari, financiar projetos é uma tendência no Brasil e no mundo. Alguém com uma ideia interessante conta com a ajuda de outras pessoas que se identificam com tal ideia e contribui com determinada quantia em dinheiro para concretizá-la. "É uma foma de fazer parte de algo grande, mesmo contribuindo com uma pequena quantia", diz.

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